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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Rabisco no canto da página 3...



E a moça ficou mais feliz… Mas só por causa de uma música conhecida, tocada no celular naquela data tão especial, indicando uma nova mensagem de um moço nunca esquecido, que a chamava de querida, e a quem ela queria dar o seu coração de presente de natal.

( C. Chriss – 24/12/2012 – 18:40h )

sábado, 22 de dezembro de 2012

Fim da estrada


Fim da estrada


Já não sei em que ponto dessa história me perdi para poder te achar, meu bem. Só sei que já sinto a sua falta, mesmo sem ter tido a sua presença algum dia. Sinto, desde o momento em que te coloquei em algum lugar entre o meu travesseiro e meus pensamentos, onde venho te buscando constantemente, ansiosa por um sorriso seu, que me faça ter certeza de que minha vida ficou muito mais bonita, desde o momento que você chegou. Sinto sua falta por querer sentir, e porque tenho medo, de que eu não possa te ver outra vez… Sinto sua falta porque te idealizei, te inventei. Criei gestos e formas que você nunca teve. E sabe, o mundo ficou melhor assim. O MEU mundo ficou melhor assim.
Acho que erramos. Algumas coisas devem continuar como são, e seria melhor se você não tivesse entrado na minha vida desse jeito. Desculpe as palavras atravessadas, cavalheiro. A culpa continua sendo nossa. A mim, assusta pensar que, talvez, não mais verei o reflexo rubro do meu próprio rosto em seus óculos circulares toda vez que você aparecia; ou rir do seu sotaque engraçado. Assusta acreditar que seu tempo por aqui se foi… Você não volta, meu poeta. Essa estrada teve fim.
Me dê a mão como da última vez. Olhe para mim como se só eu existisse. Envolva-me em um abraço apertado e me prenda em carinhos descompromissados… Pois me encanta sua voz, me fascina o negro dos seus cabelos, que combinam lindamente com seus olhos. Deixa que eu exista pelo menos por alguns segundos em um sonho teu, e dance comigo até cansar, em meio a passos mal ensaiados, aquela melodia que tantas vezes admirou tocada serenamente no piano.
Talvez, eu não tenha tempo de te explicar porque eu sempre esperei alguém que nunca chegou, e que na verdade, era você que eu sempre esperei. Mas talvez, não tenha explicação. Essa deveria ser a melhor estação do ano, e no entanto, o gosto ainda é amargo. Não deixe o café esfriar… Volte antes!
Não vou mais te encher de perguntas moço, e ver você ficar nervoso com cada uma delas. Não mais. Dessa vez, eu prometo. E talvez algum dia eu te prove, que eu sou mais do que alguém querendo mudar o mundo sozinha, e que não sou uma personagem qualquer, perdida em textos sobre um moço de cabelos cacheados e músicas dos Beatles. Será? Talvez eu seja mesmo. Talvez eu seja essa revolução toda.
Quero hoje, meu bem, ouvir uma música que não dói. E acreditar, que no cantinho daquela folha, você leu meu telefone em caligrafia caprichada, e resolverá ligar algum dia, nem que seja apenas para dizer que teve um bom natal, e que se lembrou de mim, quando alguém te perguntou sobre uma poesia que gostava, ou sobre alguma música do Los Hermanos.

Agora, feche os olhos e sinta… O verão chegou, meu bem. Finalmente.

( C. Chriss - 21/12/2012 – 19:50h )

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cortejo...


Antigo moço, pela última vez.


        Hoje não precisei regar a casa com café, e nem com lágrimas doces para te encontrar em algum canto, meu bem. Reconheci do outro lado da linha a voz rude do homem que abandonou a casa e partiu sem explicações. Mas talvez não tenha sido bem assim. A dramatização, amor, é por minha conta.
        Já faz um tempo que voltei pra casa, e juro que não sei por que ainda escrevo. Você agora pensa em voltar, e eu não te julgo: tudo era tão bom quando estava aqui… Mas não acho mais que merecemos toda essa fantasia.
        Sabe, procurei seus olhos naquele moço da estrada… e me perdoe amor, eu encontrei olhos ainda mais bonitos, e que também me aqueceram como os seus fizeram no início. Encontrei cabelos cacheados, e um rosto tímido, cheio de certezas, que na verdade, senti não passar de sonhos. E eu resolvi sonhar também.
        Não me culpe. O verão ainda nem chegou…
       
        …E eu ainda amo o modo como você cantarolava algum clássico, fazendo gestos estranhos com as mãos; e o seu caminhar tranquilo e engraçado, cheio de pensamentos só seus. SEU. Tudo de alguma forma sempre acaba sendo tão seu… E isso talvez não me encante mais. A verdade é que não quero mais.
        Mas fica bem, meu bem. E se ainda assim preferir, volte. Volte mesmo que for para me fazer sofrer um pouco mais. Volte com suas antigas certezas, e me mostre estar errada. Quem sabe assim, eu esqueça, que você já tem um outro alguém.

        Eu ainda acredito em um final feliz…


( C. Chriss - 11/12/2012 – 03:26h )

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Rabisco no canto da página 2...


Hoje te encontrei, moço. Encontrei porque não tive coragem de voltar para a antiga casa. Encontrei, porque te procurava em cada canto, dentro de cada sorriso morno. Encontrei, porque no mundo não existe alguém que me faça tanta falta como você. Encontrei porque no fundo, ninguém me faria tão feliz… E porque no meu peito brotou de novo a esperança, de que algum dia, nós pudéssemos dar certo.

 ( C. Chriss - 04/12/2012 – 23:42h )