Enfim,
a moça recebeu uma carta. Divido com vocês agora, as palavras doces e as
entrelinhas do moço:
“Bom, aqui
quem vos escreve é um homem que há muitos anos se fechou para o amor. Desde
quando parti e deixei a mulher que mais amava, nunca tive a coragem de procurar
em outras tudo o que ela possuía, ela era única, ela era minha. Mas eu parti,
parti e a deixei aos prantos, fui um covarde por não saber compreendê-la, fui
um fraco por não saber amá-la como ela merecia ser amada, mas ao meu modo eu
amei-a. Ela possuia o sorriso mais belo e tímido, o olhar mais aconchegante e
acolhedor, ela era muito mais que um amor, foi a única amiga verdadeira que
possuí, mas eu não soube dar valor e hoje eu lamento por isso.
Tenho várias cartas dela jogadas em vários cantos da casa. Ela
nunca se esquece de mim, sempre me escreve para saber como estou, mas eu nunca
respondi a nenhuma dessas cartas, a única coisa que eu faço é tirá-las da caixa
do correio e jogá-las ao vento, podia tê-las queimado, mas não, sempre as
guardo para que em algum dia, quando eu tiver vontade, poder pegá-las e lê-las.
Um dia desses, senti um vazio dentro do coração, um aperto,
um tipo de saudade inexplicável, estava sentindo falta dela, muita mesmo, então
peguei uma de suas cartas que já havia recolhido e guardado na gaveta da minha
mesa e começei a ler. Chorei, admito, dizem que homem não chora, mas isso é
pura mentira, ainda mais quando se ama de verdade. As cartas possuiam o perfume
dela, o cheiro doce, o cheiro de sua pele, o qual eu nunca me esqueci,
lembrei-me de seus beijos e abraços, ah, como eram especiais, como eram
verdadeiros e cheios de amor. Sim, como era bom imaginar o som de sua voz a
cada palavra lida naquelas cartas, era bom novamente poder senti-la próxima a
mim, mas eram somente pensamentos e nada mais.
Em suas cartas, ela
sempre me contava o que acontecia em sua vida, o que ela estava fazendo, como
passava o tempo, mas nunca mencionou em nenhuma delas que estava com outro ou
se estiver também não quis me contar, mas não nego que isso me deixou feliz,
ainda tenho esperança de ser o único.
Depois de tanto esperar eu resolvi responder às cartas, mas
quando peguei a caneta e a folha de papel, nada consegui escrever, não saia
nada, minhas mãos tremiam, não sabia como começar e muito menos o que falar a
ela, então desisti e mais uma vez fui um fraco por não saber expressar meus sentimentos.
Não consegui dormir, vaguei a noite toda pela casa e de
repente sentei-me e começei a escrever, sim contei de minha vida, contei o que
estava fazendo e no final ao falar sobre o nosso amor, sobre o amor que
carregava em meu peito, chorei novamente, era tão bom escrever sobre ele, era
tão bom poder falar sobre ela, isso era a única coisa que me fazia feliz, e o
que me fazia permanecer vivo neste mundo de pessoas que hoje constroem um amor
falso, era saber que o dela por mim era verdadeiro e que mesmo depois de eu ter
sido um idiota com ela, ela nunca deixou de me amar.
Hoje sou eu que espero a resposta da moça que tanto amo, moça
do olhos castanhos, da voz meiga, de personalidade forte e de um jeito tímido,
dona do mais belo sorriso. Hoje sou eu que estou ancioso, sentado na relva
verde, sentindo a brisa leve que toca o meu rosto, aguardando aquilo que eu a
fiz esperar por tantos anos, um sorriso, uma respiração agitada, um coração
feliz, um amor de verdade.”
(Carol Marchi)
*Nota de canto de página da moça: Aproveito
aqui, para agradecer com todo o meu coração à moça e amiga Carol Marchi, por
tão grande carinho com essa moça que vos fala. Obrigada por participar da minha
vida, e de todo esse sonho…
Obrigada amiga =], eu que agradeço a você por fazer parte da minha vida, espero escrever mais com você hehe
ResponderExcluirCom certeza escreveremos, moça! Já podemos ir separando as ideias! ;)
ExcluirSerá que o moço fica? rsrsrs... Será que tem outro moço? rsrs...
Obrigada por tudo!
Com certeza, será?? kk descobriremos isso nos próximos capítulos da novela O moço e suas indecisões kkkkkkkk. Obrigada você amiga! ♥
ResponderExcluirOwn! Moça fofa! ♥
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