Rio Preto e
Branco
Com o coração ainda acelerado, a chave gira na fechadura
estou de volta.
Os passos ansiosos levantam o assoalho castigado pelo tempo
O velho apartamento nunca esteve tão vazio.
O vento passa assobiando
Bate portas e janelas, sobe por minha espinha
Em algum lugar, a noite é calma. Aqui não.
Não é calma mas é bonita.
Da janela, a escuridão é imponente.
Uma árvore jaz triste sem as suas folhas,
Agora, livres por aí.
O medo visita com o vento, o céu esbraveja.
Já posso ouvir os pingos tímidos lá fora
Que horas são?
A solidão aqui é crua, mas hoje o gosto é doce.
No apartamento, há mais pensamentos que nos acordes de
violão.
Nos poeminhas, a melancolia de sempre. Eu gosto.
No olhar uma espera contínua. Você não percebeu.
É mais escuro aqui sim! Bem aqui, dentro do peito!
Ser sozinha me assusta de um jeito que não preciso.
Um clarão… água caindo lá fora.
Não quero escrever hoje não.
Não quero cantar hoje não.
Quero fingir ser poeta não, gostar mais não,
E a noite continua bonita.
(C. Chriss – 03/12/2013)
Saudade
ResponderExcluirIvone Boechat
Saudade é chama
que arde
em volta da alma
e ameaça queimar
todo o seu exterior;
a saudade se acalma,
quando mergulha
num rio de lágrimas
e finge
que se esquece
a dor
que sofre
pra não deixar
se apagar
a fagulha
que aquece
o amor..
Olá Ivone Boechat! Que linda poesia. Espero que tenha gostado do Blog, e aproveito para lhe fazer um pedido: permite que eu poste essa poesia sua, com os devidos créditos, no novo Tumblr do blog? Segue o endereço do tumblr: http://c-chriss.tumblr.com/ . Desde já, agradeço a visita! Volte sempre!
ExcluirSaudade
ResponderExcluirIvone Boechat
Saudade é chama
que arde
em volta da alma
e ameaça queimar
todo o seu exterior;
a saudade se acalma,
quando mergulha
num rio de lágrimas
e finge
que se esquece
a dor
que sofre
pra não deixar
se apagar
a fagulha
que aquece
o amor..