Ainda em agosto…
"... O
sol vai se pondo de mansinho, os pássaros já levantam voo, felizes, como que
agradecendo por mais um dia que vai terminando. O moço, se torna terceira
pessoa, para alguém que se lembra do dia da sua volta, e que rabisca uma folha
qualquer que encontrou para escrever, com uma caneta que mais borra que
escreve. Mas na verdade, quem liga? Onde estaria agora o meu amor? Teria ele
olhado para o céu, a procura de algo que o fizesse lembrar de tão linda noite
de agosto, onde gostos se misturavam, e, onde apaixonados, os amantes e
ouvintes de boa música, leitores de bons livros, e apreciadores da lua e das
palavras, se encontravam e sentiam o amor um do outro? Teria ele também hoje,
pensado em tão perfeito dia? Sei, que as vezes a gente se perde… Se perde em
meio a devaneios, lembranças de carinho e cheiro de café com saudade. Mas logo
a gente se encontra! Os reticentes se encontram um no outro, se encontram no
que há de igual, se encontram em sonhos e planos para o futuro. Quase posso ver
os sonhos do moço daqui; já posso os sonhar também, sem que ele saiba disso. Já
me vejo exigindo aquele sorriso que mudou o meu dia em uma noite de agosto, e
minha vontade é de dizer para ele, que uma xícara de café amargo, já não
satisfaz meu dia pela manhã. Tenho necessidade e vontade do doce! Do doce dos
lábios dele… Do doce que ele trás consigo na mala. Tenho necessidade do
colorido que transborda, do amargo indo embora…”
( C. Chriss
- 28/08/2012 – 15:14h )
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