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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ainda em agosto...


Ainda em agosto…

"... O sol vai se pondo de mansinho, os pássaros já levantam voo, felizes, como que agradecendo por mais um dia que vai terminando. O moço, se torna terceira pessoa, para alguém que se lembra do dia da sua volta, e que rabisca uma folha qualquer que encontrou para escrever, com uma caneta que mais borra que escreve. Mas na verdade, quem liga? Onde estaria agora o meu amor? Teria ele olhado para o céu, a procura de algo que o fizesse lembrar de tão linda noite de agosto, onde gostos se misturavam, e, onde apaixonados, os amantes e ouvintes de boa música, leitores de bons livros, e apreciadores da lua e das palavras, se encontravam e sentiam o amor um do outro? Teria ele também hoje, pensado em tão perfeito dia? Sei, que as vezes a gente se perde… Se perde em meio a devaneios, lembranças de carinho e cheiro de café com saudade. Mas logo a gente se encontra! Os reticentes se encontram um no outro, se encontram no que há de igual, se encontram em sonhos e planos para o futuro. Quase posso ver os sonhos do moço daqui; já posso os sonhar também, sem que ele saiba disso. Já me vejo exigindo aquele sorriso que mudou o meu dia em uma noite de agosto, e minha vontade é de dizer para ele, que uma xícara de café amargo, já não satisfaz meu dia pela manhã. Tenho necessidade e vontade do doce! Do doce dos lábios dele… Do doce que ele trás consigo na mala. Tenho necessidade do colorido que transborda, do amargo indo embora…”



( C. Chriss - 28/08/2012 – 15:14h )

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