Despedida.
Certas
coisas me apertam o coração... Um sorriso diferente, momentos onde as palavras
faltam e os olhares se completam... Vontade de dizer algo, e ao mesmo tempo,
não dizer... Vontade de abraçar e não soltar mais... Ou ainda, de não abraçar,
para não ter que soltar. Eu compreendo olhares, eu sei ler expressões... E
gostei muito do que vi.
Aquele
seu sorriso de lado, o silêncio que se seguiu… deu vontade de pedir para que
ficasse. Sem interesses, sem explicações. Apenas ficasse, e sorrisse para mim
mais uma vez. Gestos que não são notados pelos outros: um simples toque das
mãos, ou ainda, seu olhar que se encontra com o meu, em momentos que não
esperamos. Ninguém parece perceber o encanto, a magia, que faz questão de se
fazer presente. Seria essa magia só minha? Quanto tempo mais me restava para
sentir sua presença ali, para poder te olhar - ainda que impercebível - e mais
uma vez confrontar com meus pensamentos, em uma briga mortal entre minha mente
e meu coração, razão e sentimento? Você parecia fugir de mim a cada vez que
isso acontecia.
O
frio parece intensificar aquilo que já se faz tão intenso. Minhas mãos estão
geladas, mas esse frio não vem da noite. Esse frio vem daquele olhar, daquele
gesto, daquela magia. Sentimentos que tento esconder, mas que vão além de mim.
Minha mente mostra seus argumentos: “Coração insensato!” Ela diz… Ele não se
importa. Os sentimentos tomam ainda mais conta de mim… Ocupam cada canto do meu
ser, até que a minha mente se dá por vencida. Já não posso mais pensar. Não
posso mais esperar. E assim acontece a despedida… Um abraço que foi esperado
por toda a noite, um beijo no rosto, que agora não sai mais dos meus
pensamentos, e tristeza, por ver a distância se aproximando lentamente, tão
disposta a ficar… Quanto tempo? Tempo suficiente para me enlouquecer, fazer
você fugir de mim mais uma vez, e levar embora todas as minhas esperanças.
( C. Chriss
- 01/05/2012 – 23:40h )
Nenhum comentário:
Postar um comentário