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domingo, 9 de setembro de 2012

Despedida


Despedida.

 Certas coisas me apertam o coração... Um sorriso diferente, momentos onde as palavras faltam e os olhares se completam... Vontade de dizer algo, e ao mesmo tempo, não dizer... Vontade de abraçar e não soltar mais... Ou ainda, de não abraçar, para não ter que soltar. Eu compreendo olhares, eu sei ler expressões... E gostei muito do que vi.
Aquele seu sorriso de lado, o silêncio que se seguiu… deu vontade de pedir para que ficasse. Sem interesses, sem explicações. Apenas ficasse, e sorrisse para mim mais uma vez. Gestos que não são notados pelos outros: um simples toque das mãos, ou ainda, seu olhar que se encontra com o meu, em momentos que não esperamos. Ninguém parece perceber o encanto, a magia, que faz questão de se fazer presente. Seria essa magia só minha? Quanto tempo mais me restava para sentir sua presença ali, para poder te olhar - ainda que impercebível - e mais uma vez confrontar com meus pensamentos, em uma briga mortal entre minha mente e meu coração, razão e sentimento? Você parecia fugir de mim a cada vez que isso acontecia.
O frio parece intensificar aquilo que já se faz tão intenso. Minhas mãos estão geladas, mas esse frio não vem da noite. Esse frio vem daquele olhar, daquele gesto, daquela magia. Sentimentos que tento esconder, mas que vão além de mim. Minha mente mostra seus argumentos: “Coração insensato!” Ela diz… Ele não se importa. Os sentimentos tomam ainda mais conta de mim… Ocupam cada canto do meu ser, até que a minha mente se dá por vencida. Já não posso mais pensar. Não posso mais esperar. E assim acontece a despedida… Um abraço que foi esperado por toda a noite, um beijo no rosto, que agora não sai mais dos meus pensamentos, e tristeza, por ver a distância se aproximando lentamente, tão disposta a ficar… Quanto tempo? Tempo suficiente para me enlouquecer, fazer você fugir de mim mais uma vez, e levar embora todas as minhas esperanças.




( C. Chriss - 01/05/2012 – 23:40h )

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